Ministério Público do Espírito Santo abriu investigação para apurar o vazamento de informações sobre o caso

A Polícia Civil do Espírito Santo prendeu na madrugada desta terça-feira (18) o suspeito de estuprar e engravidar a sobrinha de apenas 10 anos. A prisão ocorreu na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Nas redes sociais o governador do Estado, Renato Casa Grande, desejou que prisão “sirva de lição para quem insiste em praticar um crime brutal, cruel e inaceitável dessa natureza”.

Nessa segunda-feira (17), o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) abriu investigação para apurar o vazamento de informações sobre o caso, visto que questões envolvendo crianças e adolescentes são sigilosas e a divulgação constitui crime.

A ativista Sara Winter foi a responsável por revelar o endereço da unidade de saúde em que aconteceria o aborto legal da criança, publicando também o nome da menina nas redes sociais.

A divulgação levou manifestantes vinculados a religiões contrários à interrupção da gravidez a protestarem contra o procedimento do lado de fora da unidade, ainda no domingo. O grupo tentou impedir até a entrada do diretor nas dependências do hospital. Uma parte dos manifestantes ainda tentou invadir o local, mas a Polícia Militar foi acionada e isolou a unidade de saúde.

Outro ato marcou o domingo, desta vez em apoio ao procedimento. Um grupo de mulheres se reuniu para defender o direito da criança, assegurado em lei em caso de gravidez fruto de estupro ou que coloque em risco a vida da mãe.

Caso – A descoberta da situação ocorreu na semana passada após a criança ter sido levada para um hospital em São Mateus (ES) com sintomas de gravidez. No local, exames confirmaram que a gravidez era de três meses. Após relatar que sofria abusos sexuais, a polícia abriu investigação e está em busca do acusado, que está foragido.

O caso provocou revolta na cidade e mobilização nas redes sociais. Segundo o MP, a Justiça determinou que o Facebook, Twitter e Google retirem da internet publicações que expuseram o nome da criança e o hospital onde ela fez o procedimento de aborto legal, autorizado pela Justiça. Além disso, os promotores relatam que grupos teriam ameaçado familiares da vítima.

Em nota, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos informou que acompanha as investigações para ajudar na responsabilização do acusado.


Fonte: Bahia.ba

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